sábado, 9 de julho de 2011

MOODY'S : Comunicado do IRRA !


Os três insurrectos e implacáveis fundadores do subversivo e clandestino IRRA (Intervenção Revolucionária da Resistência Anárquica, para quem já nem se lembra onde deixou os sapatos depois de chegar a casa depois de mais um dia de angústia no emprego, que o trabalho cansa como poucas actividades conhecidas, com a ansiedade no auge porque as sonhadas e desejadas férias nunca mais chegam e daqueles cuja memória de elefante desceu no  rating da ginástica mental ao nível do frango de aviário e já nem sabe mudar as pilhas do comando da televisão sem recorrer ao livro de instruções ou à jovem e vivaça vizinha do lado), ao contrário de 10.567.864 dos restantes 10.567.861 portugueses espumaram de raiva, bateram com as mãos na mesa e deram violentos pontapés nos canteiros em frente à esplanada do Lelo quando tomaram conhecimento da decisão tomada por uns mafiosos "cowboys" impotentes até para fazerem uma mijinha sem molhar as patas calçadas com sapatos de pele  do lusitanissimo Vale do Ave em atirar Sintra, o concelho onde estão implantados os alicerces do insubstituível  e histórico Lote 69, o sémen que fecunda a insurreição mundialmente global dos fracos, anémicos, subnutridos, desdentados, desvalidos, esqueléticos, desesperados, sem cintos nas calças, descalços, suados e esgadelhados oprimidos de todo os cinco cantos e recantos do Mundo, para uma  repelente e nauseabunda, como os hamburgueres do talho do Zeca das Vacas, "lixeira" por uma agência de notação Moody's que não passa de um coito de cornudos e galdérias indiferentes à nossa gloriosa e heróica História de 850 e não sei quantos anos, não posso precisar bem porque não tenho um calendário à mão e o professor José Hermano Saraiva já está a dormir a esta hora. 
Com a raiva acho que me perdi no relatos dos violentos acontecimentos aqui do sítio. Siga...
Bom, mas como é possível considerar "lixo" o Cabo da Roca, onde à noite, casais cujas alianças não coincidem na forma e no design descarregam o "stress" matrimonial do dia-a-dia com os (as) caras-metades que ficaram a fazer serão ou trabalham por turnos e deitam para o meio das rochas o produto embalado numa borracha macia em forma de charuto, que deixam os putos (muito putos mesmo que as novas gerações não são tapadinhas como as anteriores) no outro dia de manhã a pular de alegria quando encontram um "balão" e os pais, aflitos e atarantados, lhes berram "largaaaaaaaa issssssssu, é porcaria!!!". A criança não acredita mas lá larga o achado que a fizera feliz por uns segundos.
Como é possível esses atrasados espaciais e mentecaptos genitais dos yankees terem a coragem de amarrotar e deitar para o cesto do "lixo" o Palácio da Pena, fruto do trabalho ardiloso de um rei consorte que o desenhou nos intervalos de emprenhar a rainha a sério que era uma espécie de Cavaco Silva no feminino que falava não com a boca cheia de bolo-rei mas sim com Fofos de Belas ou Trouxas da Malveira, juntamente com restos do McDonald's, latas de coca-cola vazias, lenços de papel ranhosos, relatórios da CIA desactualizados e fotos do Obama rasgados por republicanos empedernidos e pastilhas elásticas já duras como os chavelhos de um boi de rodeo do Texas? 
Al Tokas, fora de si, atirou com o seu telemóvel de 1ª geração Motorola (uma marca americana), já descrito num capítulo anterior (não me lembro qual por causa dos nervos...), contra a montra do Blockbuster (clube de video de uma marca americana, onde o manhoso do enfermeiro do 6º andar requisita filmes moralmente degradantes para tomar coragem para se meter na cama com a mulher, feia como o José Castelo Branco em babydoll e mais estúpida que uma escada rolante em movimento  sem gente a utilizá-la), ignorando os berros do gerente do estabelecimento, um reformado asqueroso que um dia foi preso no Metro, nas estação das Picoas,  por exibir fora da braguilha um órgão ridiculamente  raquítico como uma borbulha a uma anafada cabeleireira histérica de Alfama, conhecida no bairro como a "Picapau" não se sabe bem porquê. Só desconfio...
O sr. Costa, esse, rugia mais vermelho que as camisolas do Glorioso na época áurea das vitórias na Taça dos Campeões Europeus no tempo do Marquês de Pombal. Mordia uma lata de Pepsi-Cola (outra marca americana) com energia vingativa incontrolável, idêntica à de uma ex-vizinha do 1º andar  quando descobriu que o marido ainda era escuteiro para passar as noites fora de casa e dentro da tenda com o chefe do Agrupamento 69. 
O sr. Santos não se controlou e enfiou um par de pontapés no Chevrolet (na verdade é um Daweoo fabricado na Coreia do Sul mas ainda assim não deixa de ser uma marca americana)propriedade do marido da dona da papelaria, um tipo ciumento e mal encarado que desconfiava (com ou sem razão não interessa para o rating vergonhoso do "lixo") da fidelidade da mulher e das longas horas que ela passava com o Al Trokas na arrecadação do estabelecimento. Uma manhã (o que andaria aquele terrorista fanático a fazer na rua àquela hora para ele imprópria para se circular na via pública?) ele entrou no espaço comercial da morenaça Dª Rita e enfiou-lhe um beijo na boca quando ela estava ao telefone e logo por azar (de quem nunca se chegou a descortinar completamente) a falar com o marido, que, desconfiado, ouviu no auricular o sonoro choucho e não acreditou minimamente que tinha sido o bebé da Dona Susana como a mulher lhe jurava a pés juntos e os dedos cruzados atrás das costas. 
Mais calmos, melhor dizendo, menos enraivecidos, Al Trokas, o sr. Santos e o sr. Costa subiram ao 10º andar, se se lembrarem do que escrevi ontem é a nova sede do IRRA, e mesmo sem qualquer mobiliário e apenas com um papel e uma esferográfica BIC surripiada ao Lelo elaboraram um vigoroso, enérgico e ameaçador comunicado dirigido à Moody's. 
Começava assim: 
"À volta cá vos esperamos"
E terminava: 
Saudações revolucionariamente revoltadas do IRRA.
Assim mesmo; sem papas na língua!



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